Tuesday, September 16, 2008

QUE FAZER?

Why Wall Street is Melting Down, and What to Do About It
Robert Reich

Hank Paulson didn't blink, so Lehman Brothers went down the tubes. The end of socialized capitalism? Don't bet on it. The Treasury and the Fed are scrambling to enlarge the government's authority to exchange securities of unknown value for guaranteed securities in an effort to stave off the biggest financial meltdown since the 1930s. Ironically, a free-market-loving Republican administration is presiding over the most ambitious intrusion of government into the market in almost anyone's memory. But to what end? Bailouts, subsidies, and government insurance won't help Wall Street because the Street's fundamental problem isn't lack of capital. It's lack of trust. The sub-prime mortgage mess triggered it, but the problem lies much deeper. Financial markets trade in promises -- that assets have a certain value, that numbers on a balance sheet are accurate, that a loan carries a limited risk. If investors stop trusting the promises, Wall Street can't function.But it's turned out that many promises like these weren't worth the paper they were written on.That's because, when the market was roaring a few years back, many financial players had no idea what they were buying or selling. Worse, they didn't care. Derivatives on derivatives, SIVs, credit default swaps (watch this one!), and of course securities backed by home loans. There seemed no limit to the leverage, the off-balance sheet liabilities, and what credit rating agencies would approve by issuers who paid them to.Two years ago I asked a hedge fund manager to describe the assets in his fund. He laughed and said he had no idea. This meant almost no limit to what was promised. Regulators -- Alan Greenspan in particular -- looked the other way.It worked great as long as everyone kept trusting and the market kept roaring. But all it took was a few broken promises for the whole system to break down.What to do? Not to socialize capitalism with bailouts and subsidies that put taxpayers at risk. If what's lacking is trust rather than capital, the most important steps policymakers can take are to rebuild trust. And the best way to rebuild trust is through regulations that require financial players to stand behind their promises and tell the truth, along with strict oversight to make sure they do.We tell poor nations they have to make their financial markets transparent before capital will flow to them. Now it's our turn. Lacking adequate regulation or oversight, our financial markets have become a snare and a delusion. Government only has two choices now: Either continue to bail them out, or regulate them in order to keep them honest. I vote for the latter.

6 comments:

A Chata said...

Bom dia.

"Que fazer?"

Não consigo perceber o espanto expresso por alguns analistas economicos, economistas e gestores perante esta crise.

Alguns deles foram os que defenderam e promoveram os 'downsising', os 'outsourcing', o 'job displacement' para a Ásia pondo os lucros imediatos das empresas acima de qualquer outra consideração, (e que se auto-premiaram regiamente por isso).

Que, quando perceberam que os trabalhadores que ficaram sem salário ou viram o valor do mesmo diminuir são afinal os mesmos consumidores de que necessitavam para produzir lucros, montaram um esquema de empréstimos faceis, rápidos e caros (para enriquecimento rápido de alguns) para incentivo ao consumo.

(Ainda esta semana me telefonaram 2 vezes 2 do Barclay, do qual nem sequer sou cliente, a oferecer um cartão de crédito dourado, a mim que sou uma reformada de rendimento médio baixo).

Estavam à espera de que?

Que evolução esperavam?

O grave é que continuam a insistir nas mesmas 'teclas'.

Mais produtividade, que se traduz em mais horas de trabalho e salarios mais baratos.
Em que empresas?
Em que fabricas?
Em que quintas agricolas?
Nas que faliram ou nas que estão em vias de falir?

Maior flexibilidade das leis laborais.
Qual a flexibilidade que ainda falta?.
Capatazes com chicote para incentivar o operador do Call Center (os empregos que restam)a atender mais clientes?

Que fazer?

Aguentar-se à bronca que isto ainda vai piorar e muito...

Rui Fonseca said...

A minha Amiga ainda está mais pessimista que eu. Subscrevo muito do que disse, mas não tudo.

Subscrevo inteiramente o escândalo, que era visível e tinha sido denunciado há muito, de gestores embolsarem fortunas à custa de resultados fomentados com práticas condenáveis.

Esta, quanto a mim, a causa maior deste descalabro.

Ainda hoje, o Público noticia que, depois das empresas terem entrado em queda, os larápios (não podemos dar-lhes outros nomes) continuaram a pagar-se dos prémios como se a empresa continuasse de vento em popa.

Aqui, e à nossa pequena medida, aconteceu e continua acontecer o mesmo.

Ainda há dias referi o caso da EDP Renováveis (vd. A Mina dos Vendavais) mas há muitos e mais graves casos encobertos, e descobertos sem terem sido ainda penalizados.

Evidentemente, que no fim de tudo isto, para os reformados o problema maior é a inflação que este furacão pode levantar.

Esperemos que os maiores estragos não cheguem aí.

António said...

Vejo que afinal não estou assim tão só nas minhas opiniões. Fazer economia com base em Wall Street, ignorando o que se passa no mercado dos legumes e do carapau, pode ser muito bonito mas não é realista. A dimensão a que alguns se alcandoram é feita em cima de terreno não consolidado.
Esquecem que a solidez começa em baixo.
Em bom português, traduzido não sei de onde, diz-se:
Ter os pés bem assentes na terra.
Se cá em baixo as coisas não estiverem bem, o resto cai, mas quem paga é sempre o mesmo.
Foi sempre assim e agora não será diferente.
Mas se calhar até pode.Haverá, condomínios, segurança privada, muros altos e cães ferozes em quantidade suficiente?

Rui Fonseca said...

"Haverá, condomínios, segurança privada, muros altos e cães ferozes em quantidade suficiente?"

Não haverá.

A Chata said...

A última vez que me chamaram pessimista foi nos últimos anos que trabalhei na Marconi quando comecei a alertar, sobretudo os quadros mais jovens, que estavamos a caminhar para ser 'comidos' pela PT, empresa com excesso de trabalhadores e uma filosofia de trabalho muito diferente.

Que não, que a administração garantia que a empresa estava para durar e tal e tal...
Eu era a pessimista...
O que aconteceu à Marconi?
Quando o facto se consumou, houve quem viesse perguntar-me se tinha tido alguma informação privilegiada.
Não. não tive.
Limitei-me a observar e ler as noticias com atenção.
Há pequenas noticias que dizem mais que as que fazem titulos de
1ª página.

Espero que desta vez, você tenha razão e que eu esteja mesmo a ser pessimista para bem das gerações que seguem.

No que se vai traduzir o facto de uma percentagem significativa da população ter várias prestações mensais de emprestimos para pagar?

Ele são a prestação da casa, do carro, dos variados cartões de crédito, dos empréstimos pessoais, da última viagem de férias, do empréstimo para pagar os outros empréstimos...

Estamos a viver um tempo financeiramente emprestado, cada vez com mais desemprego e mais gente para empregar, bens de consumo básico cada vez mais caros...

Já reparou, quando há entrevistas de rua ou debates que incliuam jovens entre os vinte e tal e trinta e muitos anos, muitos deles (grande parte com formação superior) referirem que vivem com ajuda financeira dos pais.
Quando estes pais se forem ou deixarem de ter condições para continuar a ajudá-los como vai ser?


Como disse o Medina Carreira, estamos a emprobecer e vamos continuar a empobrecer mas, com muito barulho.

Já agora, o que não subscreve do que escrevi?

Não tenho formação em economia, nem nada que se pareça e gosto sempre de aprender e ouvir as opiniões de quem sabe mais da matéria.

Rui Fonseca said...

Cara Amiga,

Um dos aspectos que penso apoquentá-la é a globalização e a crescente presença de chineses no mundo com consequências nos mercados de trabalho europeus em geral e de Portugal em particular.

Não penso que possamos acusar os chineses dos problemas que nos apoquentam. Sem a dinâmica chinesa actual os nosso problemas seriam provavelmente mais graves.

São os chineses enquanto fornecedore, mas sobretudo como compradores, que têm estado a dinamizar a economia mundial.

Tem custos esta maior presença chinesa? Sem dúvida qu sim.

Mas o balanço é flagrantemente positivo.

Vivemos uma época de enorme transição que, se for vivida sem grandes perturbações sociais, permitirá que o mundo em geral suba para um patamar de mais elevado desenvolvimento humano em geral.

No caso da Marconi, a sua integração no outro operador era inevitável em consequência da evolução tecnológica.Mas, sendo um dos sectores mais dinâmicos, o número de pessoas que a PT emprega directa e indirectamente (empregos outsourcing) é de longa mais elevado que os das anteriores companhias.

O que não quer dizer que a evolução futura venha a promover mais criação de emprego. O trabalho, historicamente confirmado, tende a reduzir-se por força da habilidade dos homens em produzir mais com menor esforço.

Não é uma boa perspectiva?