Saturday, February 23, 2008

ABRE-TE AMÊIJOA! - 2

"Mas onde quer Meu Amigo chegar com essa evocação poética?"
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Caro Tavares Moreira,
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A evocação poética chegou-me, por acaso, como lhe disse numa pesquisa Google: os homónimos aparecem no mesmo ramo, como sabe. Eu, que não conheço este fado da Mariza, achei interessante a coincidência: "A Tomada de Posição" da Sedes tem muito de fatalista. E de catastrofista, também. Aliás, o meu Amigo, também tempera este ponto.
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Que diz mais "A Tomada de Posição" da Sedes além de clamar que vem aí o fim do mundo? Basicamente, repete o que toda a gente anda por aí a dizer sem nada fazer:
Que as desigualdades sociais são cada vez mais gritantes em Portugal;
Que somos governados por um trupe que não larga o palco nem ouve os espectadores.
E que, para evitar o fim do mundo, essa trupe que governa o Estado deve abrir-se à sociedade civil.
E que a Sedes está disponível para colaborar.
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Ora eu que sou, nitidamente, politicamente ingénuo, acho esta disponibilidade de uma aparente ingenuidade difícil de entender.
Alguma vez os detentores do poder abriram alas e deixaram passar para entre eles os aborígenes, mesmo os mais qualificados?
Nem nos clubes recreativos.
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De modo que, onde eu quero chegar, é que não encontro na Tomada de Posição da Sedes senão lamentos e nenhuma proposta. Que os partidos políticos o façam, não aceito mas compreendo-lhes a estratégia; mas a sociedade civil, onde a Sedes é um marco muito reconhecido, porque é que não toma posições e fica-se, a este respeito, pelo título?

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