As revelações de práticas que, em qualquer país com exigências mínimas de comportamento ético e moral, ou legalmente estabelecido, já teriam obrigado à constituição de diversos arguidos, continuam sem bulir uma palha em Portugal, no caso do BCP. Milhares de pessoas foram iludidas pelas notícias que as bolsas lhe transmitiam. Segundo a Imprensa de hoje, dando eco às notícias conhecidas ontem à noite, a administração do BCP escondeu perdas de "off-shores" em sociedade imobiliária do banco.
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O BCP terá usado uma sociedade imobiliária controlada pelo próprio banco para esconder as perdas decorrentes da utilização irregular de sociedades “off-shores” para financiar a compra de acções próprias, segundo notícia avançada pela edição online do “Jornal de Negócios”. Segundo a mesma fonte, os prejuízos superaram os 200 milhões de euros, mas ainda não foram totalmente reconhecidos nas contas da instituição.
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Aliás, o Ministro das Finanças e presidente da CMVM, já tinham afirmado Comissão Parlamentar de Economia e Finanças da AR que a administração do BCP havia sonegado informação nuns casos e desinformado noutros. Até agora ninguém foi preso.
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O Governador do Banco de Portugal continua às voltas com as contas sem lhe saber tirar a prova dos nove.
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Decididamente, o que mais falta em Portugal é um sentido mínimo colectivo de exigência. Vivemos num país de generalizados promíscuos costumes.
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