A Justiça está entregue a uma agremiação de corporações sem mestre. Cada um toca o seu realejo, diz o que lhe vai na alma, se lhe metem uma câmara ou um microfone à frente, desbocam-se como qualquer leigo em leis ou um escrevinhador de blogs. O chefe da polícia esquece-se que existe o Ministério Público, o Procurador-Geral da República esquece-se que existem os Tribunais, quase todos os dias há notícias de erupções de escândalos, ninguém vai preso, ninguém é absolvido, de vez em quando os casos são encerrados.
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Qualquer grupo, qualquer banda, qualquer bando, sem maestro, desafina e desconchava-se. Inebriados e ofuscados pelas luzes da ribalta, os agentes da Justiça em Portugal são a cabra-cega
que pode fazer em cacos a democracia.
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