Tuesday, February 12, 2008

A GUERRA DA ECONOMIA



As eleições norte-americanas vão ter dois grandes assuntos em discussão: a guerra, e a retirada das tropas, e a economia. Se não há grandes certezas que os governos, quaisquer que eles sejam, possam decididamente governar a economia, a decisão quanto à retirada das tropas norte-americanas do Iraque e do Afeganistão parece ser apenas uma questão de decisão política. E, no entanto, o intrincado problema, também neste caso, é a economia. McCain promete não retirar sem ganhar; Obama e Hillary Clinton dizem que retiram. Por quem se pronunciará maioritariamente o eleitorado norte-americano em Novembro? Continuo a apostar que, qualquer que seja o presidente norte-americano no início de 2009, as tropas norte-americanas vão continuar no Iraque.

5 comments:

António said...

Retirar do Iraque é mau.
Permanecer no Iraque é mau.
Quem será consistente?
O de cabelo branco, o de cabelo preto ou a de cabelo louro?
Já nem falo no de cabelo branco que está por trás da loura. Esse, era melhor ter ido de férias para o Alasca e só regressar no fim.
Querida Hillary, com um tipo desses ao pé já não precisas de inimigos. Irás a tempo?

De qualquer maneira, o pior mal já está feito e não há grande remédio embora os americanos pensem que vão eleger o melhor para os tirar da fossa.
Vão-se espetar outra vez. Vamos todos pagar por isso.

Rui Fonseca said...

"Retirar do Iraque é mau.
Permanecer no Iraque é mau."

Do meu ponto de vista, que tenho aqui expresso com alguma frequência, os EUA não têm alternativa senão permancer naquela área do globo até resolverem o seu problema da dependência energética, que é também um problema crítico da sua segurança.

A saída do Iraque só seria possível se um governo pró-americano fosse capaz de garantir estabilidade após essa saída. O que parece ainda mais difícil do que arranjar um sucedâneo para o petróleo de um dia para o outro.

Aliás, se os EUA retirassem e a mão da Al Qaeda, ou outra semelhante, colocasse a mão na torneira do petróleo, não seriam só os norte-americanos os atingidos. Se tal ocorresse, a economia mundial levaria um chuto bem mais estrondoso que aquele que ditou a Segunda Guerra.

António said...

Ora bem, ambos e não estamos sós, sabemos que o maior erro, o pior portanto, seria sair do Iraque. Mais que sair, o verdadeiro termo e realidade é abandonar.
Não se pode repetir duas vezes o mesmo crime.
Entrou, tem de resolver. O abandono por parte do Ocidente de um país naquele estado é o mesmo que entregar a alma ao diabo. Primeiro seria uma carnificina comandada por quem está gulosamente à espera disso. Não acredito que o Irão ficasse quieto e seria desta vez que resolveria a situação. Sangue por todo o lado.
As oportunidades que não se repetem e o tempo de calar os ayatolas já passou. Agora é muito perigoso e eles já se sentem com as costas quentes.
Quem vier a governar os EUA, vai ter de usar punhos de renda por um lado e mão de ferro por outro. O russo Putin sabe fazer isso muito bem.
Portanto, meu caro, não vejo neste leque de candidatos, quem tenha estofo para tal. E além disso, o esforço de guerra mais o que tem de bom no impulso industrial fazem falta como o pão para a boca à América destes dias.

Longe de mim pensar que você estará de acordo comigo. :-)

Um abraço.

Rui Fonseca said...

Caro António,

Realmente não estou de acordo consigo.

Penso que tanto McCain como Hillary Clinton ou Obama têm estofo suficiente para Presidente dos EUA.

Qualquer deles será melhor que G W Bush, certamente.

António said...

Ora, melhor que o GWB, até eu...
Que qualquer deles é melhor que o que lá está não tenho duvidas. Igual ou pior é muito difícil.Mas esse não pode ser o termo de comparação.Quem pra lá for terá de ser muito, muito, muito, mas muito melhor. Se não, lá vai...