Friday, January 18, 2008

SENHOR PESCADOR



A anedota é rasca e tem barbas mas é a que me ocorre quando leio a notícia de hoje aqui acerca do comportamento do Banco de Portugal, sobretudo do seu Governador, no caso BCP.
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Várias vezes já, tenho reflectido aqui no Aliás acerca do assunto, e continuo a pensar que Vítor Constâncio já se deveria ter demitido. Não vai fazê-lo porque é inerente à sua reconhecida incapacidade de decisão, que, neste caso, lhe continua a garantir o enchimento da bolsa. Também não vai ser demitido porque faz parte do contrato e dos compromissos.
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Banco de Portugal sabia das operações suspeitas do BCP desde 2001
O Banco de Portugal (BdP) conhecia as operações de crédito concedidas a membros dos órgãos sociais do Banco Comercial Português (BCP), bem como acompanhou os últimos aumentos de capital que recorreram a contas off-shore. O regulador deu ordens para que o banco corrigisse as situações, mas nunca penalizou os gestores do BCP
. (Jornal de Negócios Online)

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Tal qual o que aconteceu na praia, deserta, da Costa da Caparica: O nudista regalava o rabinho ao sol, veio o pescador guloso e deixou-se escorregar para as costas do nudista. Este, após um apreciável compasso de espera, avisou docemente o pescador:
Senhor pescador tem meia hora para tirar essa porcaria daí.
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Reconheça-se, contudo, que há uma grande diferença entre as duas anedotas: No caso do Banco de Portugal há prejudicados e mal pagos que somos nós, todos aqueles que de uma forma ou de outra pagam as favas pela indolência gosada do Governador.

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