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(...) Não desvalorizo o interesse das previsões no comportamento dos agentes económicos.
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O que penso é que se Sócrates & Cª já tivesse afinado com o coro da recessão e revisto em baixa a previsão de crescimento económico para Portugal, em 2008, esse alinhamento, só por si, não teria tido qualquer influência no andamento da economia. E, se tivesse, provavelmente teria sido negativo.
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Um dia destes, forçosamente, terá de o fazer invocando a conjuntura internacional, bla, bla, bla, bla, bla, bla.
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E nada, só por esse motivo, se alterará.O que, talvez, poderá alterar alguma coisa será a adopção de algumas medidas que coloquem nos bolsos privados mais liquidez, o pagamento dos atrasados, por exemplo. O que implica aumento da dívida pública, e provavelmente aumento do défice. Implicaria também a adopção de procedimentos que impedissem voltar atrás, à situação de laxismo crónico na assumpção de compromissos pelo Estado.
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Quanto à redução dos impostos, trata-se de uma medida que também subscrevo, e nunca disse outra coisa. O que disse é que não sei como é que isso se faz sem redução da despesa pública ou aumento descontrolado do défice.
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Por outro lado, os aumentos do consumo e do investimento em simultâneo, são conflituantes: ou poupamos para investir ou consumimos e não poupamos. Se a opção, por ser de curto prazo, for consumir, irá esse consumo dinamizar a produção interna ou desequilibrar ainda mais a balança comercial? Receio que o resultado seria o crescimento das importações.
Mas não tenho certezas.
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