As bolsas estão a cair desalmadamente em todo o mundo. Tanto, que as medidas tomadas pela FED (que hoje cortou de emergência a taxa de juro de referência dos EUA em 75 pp, o que não fazia desde 2001, depois de a generalidade dos mercados bolsistas ter sido fortemente penalizada pelos receios de recessão nos EUA), e que deverão ser seguidas pelo BCE e pelo Banco de Inglaterra, se arriscam a desencadear outra moléstia no debilitado sistema financeiro internacional: as reduções das taxas de juros podem não não ser suficientes para evitar a recessão mas poderão despoletar estímulos inflacionistas incontroláveis a curto prazo, gerando o pior cenário, o da estagflação.
O crescimento moderado da inflação como forma de estímulo da economia é uma tentação que está a atrair muitos que não descortinam outras medidas descontaminadas. E, inquestionavelmente, para alguns essa será uma via de resolução de alguns problemas bicudos.
Sabe-se, porém, que há sempre uma factura a pagar à inflação mas nunca se sabe a quanto se elevará o seu montante. Para muitos, a quem estas turbulências da bolsa nada dizem, a vida tornar-se-á ainda mais difícil de viver, porque para eles o preço da inflação nunca será moderado.
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