Há poucas semanas, foi notícia o alerta do PR para as retribuições, compensações e indemnizações pagas a alguns gestores em Portugal. Cairam-lhe logo em cima o Carmo e a Trindade. Na altura, coloquei aqui, no Aliás a transcrição de um parágrafo de "The age of turbulence", do insuspeito, a este respeito, Alan Greenspan.
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Depois disso, vieram a público outras notícias sobre o assunto, nomeadamente as respeitantes às indemnizações e reformas garantidas aos gestores que levaram o BCP para o beco de saída difícil em que se encontra. Por razões que não são coincidências, o que se observou, e observa ainda em Portugal, replica uma vaga mais vasta que está a afogar os mercados financeiros em todo o mundo. A factura dos efeitos de acções dolosas cometidas, sobretudo por agentes financeiros, ao abrigo da lei da selva que vigorou na última década, levará agora (muito?) tempo a quantificar. Entretanto, contudo, os actores do descalabro ter-se-ão retirado, confortavelmente, de cena.
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O síndrome das sub prime é apenas um dos eixos descarrilados, porventura o mais notório e o mais pesado, mas não é único. O grande responsável da actual situação é, sem dúvida alguma, a opacidade consentida às contas dos agentes financeiros, que, por detrás de cortinas jogaram, e continuam a jogar, impunemente, um jogo sem regras escrutinadas.
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Capitalism's Enemies Within
Amid the mayhem on world financial markets, it is becoming clear that capitalism's most dangerous enemies are capitalists. No one can have watched the "subprime mortgage" debacle without noticing the absurd contrast between the magnitude of the failure and the lavish rewards heaped on those who presided over it. At Merrill Lynch and Citigroup, large losses on subprime securities cost chief executives their jobs -- and they left with multimillion-dollar pay packages. Stanley O'Neal, the ex-head of Merrill, received an estimated $161 million.
Everyday Americans will conclude (rightly) that this brand of capitalism is rigged in favor of the privileged few. It will be said in their defense that these packages reflected years of service, often highly successful. So? It's not as if these CEOs weren't compensated in all those years. If you leave your company a shambles -- with losses to be absorbed by lower-level employees, some of whom will be fired, and shareholders -- do you deserve a gold-plated send-off? Still, the more serious problem transcends the high pay itself and goes to the wider consequences for the economy.
Everyday Americans will conclude (rightly) that this brand of capitalism is rigged in favor of the privileged few. It will be said in their defense that these packages reflected years of service, often highly successful. So? It's not as if these CEOs weren't compensated in all those years. If you leave your company a shambles -- with losses to be absorbed by lower-level employees, some of whom will be fired, and shareholders -- do you deserve a gold-plated send-off? Still, the more serious problem transcends the high pay itself and goes to the wider consequences for the economy.
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