É espantosa a reacção que a questão dos "arredondamentos das taxas" provocaram na blogosfera.
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Uma leitura possível desta corrente de simpatia pela banca aponta, inequivocamente, para a presença de muitos interesses bancários entre os que blogam. Uma revelação, a bem dizer.
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Sem surpresa, Blasfémias, tem tido o maior número de "posts" a mastigar o assunto. Geralmente, no sentido de desancarem, e com razão, na intervenção do Governo, e a defenderem, sem razão, as práticas opacas e em roda livre da banca.
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Sem querer reparar que a intervenção do Governo nesta matéria acaba por aproveitar à própria banca.
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Porque o que estava, e está, verdadeiramente em causa é a uniformidade de práticas que decorrem da existência de um cartel de facto, que inclui a própria Caixa Geral de Depósitos.
O que o Governo deveria ter feito não era intervir como regulador de condições mas como interveniente contra as práticas de cartel. Ao intervir como regulador nestas matérias (arredondamentos e data-valor dos depósitos) o Governo, implicitamente, dá o seu beneplácito a outras práticas de cartel actuais ou futuras.
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Fosse a Caixa Geral de Depósitos retirada pelo Governo do cartel, e obrigada a jogar o jogo da
concorrência, e o problema teria deixado de existir. A questão é tão límpida que o Presidente do Montepio Geral dizia isto mesmo na televisão no dia seguinte ao anúncio da medida de intervenção regulatória do Governo: a banca, em geral, não usa processos transparentes e a Caixa não faz o que deve.
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Tocasse o Governo na Caixa como devia e não seria cúmplice de outras manobras anti-concorrência que subsistem ou possam vir a ser inventadas.
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Assim é, e assim, será.
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