Comentário colocado no dia 16 em
Canhoto
a propósito do post “Folgas para o Deficit” e outro, ontem, no
Lobi do Chá
a propósito das despesas militares, em Portugal, e do “passeio” de contestação realizado por militares, incluindo alguns generais:
A questão da Defesa ainda é tabu em Portugal. E já devia ter deixado de o ser há muito.Há dias noticiava um jornal diário que o quadro de generais considera 81 lugares. Temos 125. Para quê?Como, segundo os teóricos das organizações, os postos se reproduzem a partir do vértice, a base não pode deixar de estar excedentária em idêntica proporção, pelo menos.Num momento em que tudo é posto em causa porque (ainda bem) os meios são escassos, porque razão escapa a Defesa ao escrutínio público?Precisamos de forças armadas? Se precisamos, quais? Alguém sabe a resposta?Há tempos, aqueceram os ânimos acerca do envio ou não envio de tropas para o Líbano. Com muito ruído, decidiram enviar uma brigada de engenharia. Se não forem destacados para missões externas o que fazem os militares nos quartéis?Estarão à espera de Godot?
…………..
as forças armadas não são propriamente os bombeiros voluntários, com o devido respeito por estes. As forças armadas têm deveres e direitos próprios e entre aqueles incluem-se o de subordinação a uma cadeia hierárquica. Sem este princípio não há forças armadas, poderá haver, quanto muito, forças rebeldes. Ora nós podemos contestar, ou discutir (deveríamos discutir) que forças armadas precisamos e outros assuntos afluentes. O que os militares não podem é, ultrapassando as hierarquias, vir para a rua passear o seu descontentamento.Se estão descontentes devem queixar-se ao chefe respectivo. Se não aceitam essa norma preliminar das forças armadas devem ir fazer outra coisa na vida.
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E talvez ganhássemos, todos, alguma coisa com isso.
Friday, November 24, 2006
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