Hoje fui à farmácia.
A cliente que me antecedia entregou uma nota de cinco euros para pagamento da conta. A farmacêutica pegou na nota e introduziu-a numa ranhura situada debaixo da máquina de registadora.
A engenhoca recusou a nota porque, explicou a farmacêutica, enquanto a tentava endireitar, a nota estava amachucada.
Endireitada a nota, ensaiou a farmacêutica nova tentativa para obter a colaboração da máquina de trocos.
Tentativa recusada, insistiu a farmacêutica na domesticação da nota rebelde. Sem sucesso.
- Não tem, por acaso, outra nota?
- Tenho, de vinte.
- Ui! A máquina não dá notas de troco, só moedas. Com uma nota de vinte para pagar dois euros e setenta veja lá quantas moedas recebia de troco ...
- Mas a senhora não tem trocos na caixa? Precisa mesmo de passar a nota por essa máquina infernal?
- Precisar, não preciso, mas não dá muito jeito, disse a farmacêutica com voz resignada ao mesmo tempo que procurava uma calculadora de bolso numa gaveta ao lado da registadora.
Com o recurso à calculadora, a farmacêutica, ficou a saber que cinco euros menos dois euros e setenta cêntimos são dois euros e trinta cêntimos. Aceitou a nota de cinco euros recusada pela máquina de trocos e deu o troco à cliente.
Avancei eu e, para pagar a conta de oito euros e quatro cêntimos, entreguei uma nota de dez euros e uma moeda de cinco cêntimos. A farmacêutica recusou-me a moeda de cinco cêntimos e enfiou a nota de dez na máquina. Saí com seis moedas de troco.
Na próxima ida à farmácia levo a nota amachucada.
Friday, November 06, 2015
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2 comments:
Muito bom
E teve muita sorte porque, apesar de arreliadoramente exigente, a máquina deu-lhe o menor número de moedas que lhe foi possível. Ao contrário da farmacêutica, demonstrou estar bem programada para fazer contas e gerir os tipos de moedas que, felizmente para si, estavam em caixa. Imagine se a maquineta não dispusesse de moedas de um e/ou meio euro...
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