"Se aqueles que querem governar na nossa vez não querem governar como golpistas ou como fraudulentos deveriam aceitar a revisão constitucional extraordinária e permitir a realização de eleições". "Se não aceitarem, se preferirem governar como quem assalta o poder e defrauda os eleitores, então não têm nenhuma legitimidade para exigirem o que quer que seja a PSD e CDS, e têm de se bastar a si próprios".
Percebe-se o desespero do Sr. Passos Coelho. Ele acertara, inesperadamente, no seu adversário, derrubando-lhe a arma, ganhara o duelo, e, sorridente, tinha-se voltado para a multidão que, do seu lado, o aclamava, enquanto o ferido cambaleara para o outro lado, aquele onde se encontravam, bem separados, Jerónimo e Catarina. E foi então que surgiu o imprevisto e insólito acontecimento da tarde: Jerónimo deu uma mão a Costa e, nessa mão, colocou Catarina a arma caída.
Em desespero de causa, Costa segurou a arma e imobilizou o adversário.
- Golpista!, acusou Passos em tom gravíssimo. Se és homem de carácter, vamos ao hospital fazer os curativos e voltamos aqui amanhã para um duelo limpo e leal.
- É impossível, barítono: Diz-me aqui o Jerónimo que estão os enfermeiros em greve ... Por quanto tempo, só ele sabe.
No comments:
Post a Comment