Wednesday, July 10, 2013

APOIADO!

O PR acaba de anunciar a decisão que deveria ter tomado há dois anos, pelo menos. E digo, pelo menos, porque desde a tomada de posse do segundo governo (minoritário) de Sócrates que tenho registado neste caderno de apontamentos a opinião de que, considerando a crise estrutural em que o país está emaranhado há mais de uma década, é fundamental que o país seja governado com o apoio muito maioritário da AR.
 
Essa condição que a crise estrutural já exigia antes da emergência da crise financeira internacional e da subsequente subscrição do acordo de ajuda externa negociado pelo governo anterior e subscrito pelo PS, PSD e CDS, tornou-se agora como a alternativa mais adequada aos interesses do país.
 
Lamentavelmente, não vai ser esse o entendimento do PS se o seu posicionamento for aquele que ouço a Silva Pereira neste momento. Lamentavelmente, a proposta do PR corre o risco de ser lançado no esgoto pelos interesses partidários ciosos de um poder a todo o custo.
 
 As reacções do PCP e BE são óbvias: tudo o que poder garantir estabilidade política e social é contrário aos seus interesses de investimento no descontentamento.

1 comment:

Anonymous said...

"Tudo o que possa garantir estabilidade politica e social..."
Numa sociedade democrática qual é maior garante da estabilidade politica e social? Obviamente que são as eleições. É através das eleições que uma sociedade traduz asua opinião e o resultado das mesmas apazigua os diferentes blocos em confronto. Foi para isso que foram aperfeiçoada as sociedades democraticas como garante de estabilidade e bloqueio aos radicalismos. Não se percebe pois face a uma falta de clarificação das forças politicas intervenientes, ao recrudescimento da instabilidade social fruto das politicas adoptadas e sobretudo face á admissão por parte do governo do falhanço destas politicas e à incapacidade por levar por diante orestante programa, não se percebe este enrolar desta questão, que numa sociedade dita democrática só tem uma saida - recorrer a eleições. O que se passa está para além do compreensivel por mais justificações que se possam dar - os povos ainda são suberanos. Se este facto não é incontronável então o governo que nos trouxe até aqui não tem nenhuma legitimidade porque também se baseia no mesmo pressuposto. Se está em causa o crescimento dos partidos de esquerda na actual conjuntura esta é da responsabilidade directa dos partidos do arco da governação que não podem tomar constantemente medidas contra este mesmo povo.
Concluindo não existe nenhuma razão nem nenhum pressuposto que limite o curso normal de uma sociedade democrática na procura da clarificação do seu estado politico que não sejam as eleições. Elas são o suporte e o garante da estabilidade politica e social em que estas sociedades se baseiam. O resto é folclore para não lhe chamar outra coisa.