Saturday, April 14, 2007

O DÉFICIT DE IDEIAS

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Há quanto tempo não tinha notícias tuas! Andamos nesta galáxia e passamos uns pelos outros como os asteróides, de vez em quando, enquanto estamos vivos.
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Foi, portanto, com alegria que li uma referência a este teu "post" e vim cá para te dizer que me causa perplexidade o estado da tua alma. E, como amigo, quero dar-te uma ajuda.
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Não sou partidário, não porque ache isso um mérito mas porque cada um nasce programado ou não. E eu nasci politicamente desprogramado. Atiro para qualquer lado, e nunca para o lado onde estou virado, porque esse lado para mim não existe.
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É essa ausência de alvo de referência que me leva a interrogar-te com intenções terapêuticas: Por que razão não é definida em AR a fórmula de cálculo do déficit?
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Como homem da rua com alguma ideia destas coisas, parece-me que não adiantamos nada na melhoria das nossas condições colectivas se continuarmos a fulanizar as questões em lugar de debater as ideias. Este país tem Vascos Pulidos Valentes a mais e gente que pegue nos assuntos pela positiva a menos.
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De modo que, meu caro Pinho Cardão, se ficaste surpreendido com os cálculos do Ministro, como este Ministro já tinha ficado surpreendido com os cálculos do seu antecessor, e este com os sua antecessora, e esta por aí fora para trás, tu que tens meios e modos para poder intervir que eu não tenho, propõe na sede própria que, de uma vez por todas se definam as regras quanto às parcelas que devem constar da soma que calcula o déficit. E depois, caramba, é só saber somar.
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Mesmo o nosso atavismo contra a aritmética não justifica tanto aparvalhamento de alma. Em último caso façam-se as contas pelos dedos. Está na moda.
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Um abraço

1 comment:

Pinho Cardão said...

Caro RUI:
Um abraço. Cá virei ao teu blog!...
Temos muito que conversar!...