Eu visito, e comento sempre que posso e suponho ter algo a contrapor, os blogs dos jovens neoliberais porque entendo que só as propostas desafiadoras do sistema instalado podem promover o aperfeiçoamento das instituições.
Desde logo, portanto, um primeiro bloco opinativo nos separa: o discurso dos neoliberais sustenta-se na (quase) dispensabilidade das instituições. E digo quase, porque já percebi que os neoliberais não apreciam ser confundidos com os anarquistas.Pela minha parte, de bom grado dispensaria o Estado, mas confesso que não sei como isso se faz.. Não sei se os neoliberais sabem, porque a sua fé é incomensurável, condição mais que suficiente para o desconhecimento de limites.
Tomemos o caso do mercado e a interferência estatal no seu funcionamento.
Desde logo, não há um mercado, há vários mercados. O mercado da electricidade nada tem a ver com o mercado das hortaliças. Geralmente, o Estado não interfere no mercado das hortaliças. Deve interferir no mercado da electricidade?
O Regulador (!?) veio ontem anunciar que o preço da electricidade para os consumidores domésticos vai aumentar 16%, porque deveria ter aumentado, e não aumentou, por decisão política, nos últimos quatro anos. Resultado: A EDP e a REN acumularam perdas que atiraram para a conta de dívidas a receber quando-o-Estado-desse-licença. Deu agora.
Está mal, e claramente o Regulador, é uma fantasia política, que não sabemos porque é que existe a não ser para pagar honorários a uns quantos.
E o Estado, é dispensável neste negócio monopolista? Talvez. Mas preciso que me expliquem como.
Bem sei que os monopólios também se abatem, desde que sejam abatidos.
Por quem?
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