Quem paga impostos, geralmente, dirá que sim, os impostos são excessivos em Portugal.
Para quem não paga, o assunto é geralmente ignorado.
Os impostos não são elevados, os serviços públicos é que são muito caros.
A afirmação é redundante mas geralmente não se dá por isso.
Há dias, dizia-me um velho amigo, aquilo que geralmente se ouve de quem paga impostos diz: "os impostos atingem em Portugal níveis record".
Não é verdade. Há países onde a carga fiscal é muito mais elevada mas, porque também é elevada a qualidade dos serviços públicos recebidos, o preço é considerado bom pelos contribuintes.
Em Portugal os serviços públicos, com raras excepções, são sofríveis, e alguns são maus.
Outros são péssimos.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil demonstrou ao longo dos últimos anos que não merecia continuar a desempenhar as funções para que foi criada. Este ano, quando as condições climáticas, progressivamente adversas de verão para verão, se agudizaram, emergiram dramaticamente os custos incalculáveis em vidas e bens perdidos de uma autoridade que deveria ter sido desautorizada há muito tempo.
Custos pagos pelos contribuintes mas também, neste caso, por muitos que, sendo pobres e não pagando impostos, viram ceifadas vidas e haveres que não recuperarão nunca.
Todos os impostos são altos se os serviços recebidos como contrapartida não justificam os seus custos. Uma conclusão óbvia que geralmente é lida de forma inversa: protesta-se frequentemente contra o aumento de impostos, suporta-se, geralmente, sem indignação a falta de qualidade de serviços públicos.
Todos os impostos são altos se os serviços recebidos como contrapartida não justificam os seus custos. Uma conclusão óbvia que geralmente é lida de forma inversa: protesta-se frequentemente contra o aumento de impostos, suporta-se, geralmente, sem indignação a falta de qualidade de serviços públicos.
1 comment:
As Forças Armadas são demasiado caras para as garantias que dão aos contribuintes. De memória, general Aleixo Corbal, CEMFA.
Competindo-lhe ser CEMGFA, dispensado pelo governo*, 1998 (?)
*Porque sim, o habitual.
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