O incendiário estava acusado de ter provocado cinco incêndios.
Confessou a autoria de um, negou a dos outros quatro.
Há cinco anos tinha sido condenado pela prática do mesmo crime.
O júri juiz condenou-o, agora, a dois anos e meio de prisão, mas suspendeu-lhe a pena. Pode voltar a incendiar no verão de 2020.
Ouvimos e lemos que uma parte muito significativa dos incêndios que devoram vidas e haveres são de origem criminosa. Que medidas vão ser tomadas para rever um quadro penal que, provadamente, não tem desincentivado os criminosos que de, ano após ano, obrigam à mobilização de meios que custam milhares de milhões aos bolsos dos contribuintes sem que veja inflexão na progressão da tragédia?
Ouvi quase todo o debate desencadeado pela moção de censura apresentada pelo CDS/PP.
Alguém abordou a questão da criminalidade incendiária?
Alguém propôs medidas capazes de conter o terrorismo incendiário?
Não ouvi ninguém. Nem do lados que apoiam o governo, nem da oposição.
Alguém sabe porquê?
Ouve-se falar em "negócio do fogo", em "cartel do fogo" com tentáculos em Espanha.
Para além dos imbecis que pegam fogo à floresta porque a visão do inferno das chamas os leva a clímax de excitação, há, certamente, muitos criminosos que salivam excitação na visão dos lucros que o fogo lhes proporciona.
Quem tem medo deles?
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