Continua o anormal desfasamento entre a avaliação do mérito dos juízes portugueses feita por aqueles em nome dos quais os srs. meretíssimos administram a justiça e as atribuições da classe a ela própria.
Dos 353 juízes avaliados pelo Conselho Superior de Magistratura entre setembro de 2014 e agosto de 2015, foram considerados, vd. aqui:
"muito bons", 127
"bons com distinção", 101
"bons", 105
Ninguém é bom juíz em causa própria, avisa a filosofia popular desde o princípio dos tempos. Enquanto a avaliação do mérito dos juízes portugueses se mantiver na alçada dos seus interesses corporativos, as falhas da justiça continuarão a ser o maior impecilho ao desenvolvimento social do País.
A talhe de foice, relembre-se que a anormalidade observada na auto avaliação dos magistrados tem outros companheiros da alegria. Não foi por atendimento da normal distribuição de competências, suportada pela teoria estatística, que o sr. Mário Nogueira conseguiu impor a anulação das avaliações aos professores do ensino não superior mas por imposição de uma frente comum com desregradas capacidades de negociação.
E assim se percebe porque sendo tão elevadas, quando existem, as auto avaliações de competência da função pública seja tendencialmente negativa a avaliação da generalidade dos portugueses da qualidade dos serviços que usufruiu em contrapartida dos impostos que paga.
1 comment:
Na mesma boa analise que aqui faz, está a da H.Matos no Observador de hoje, sobre os médicos. A Brigada das Colheres, a volta do tacho público é o maior empecilho ao desenvolvimento do país. Vai demorar muito anos a sermos um país bem organizado, como a Suecia, Dinamarca...se as corporações não se cingirem as suas competências e largarem as grandes colheres com que se sentam a volta do tacho publico; com tristeza noto que com governos tipo dão sebastião Costa vamos para o lado errado do "muro"
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