Tuesday, December 29, 2015

LÉRIAS


É sempre assim,

O sr. Teixeira dos Santos começou por garantir que da nacionalização do BPN não resultaria qualquer encargo para os contribuintes; Viu-se!
O sr. Vítor Gaspar assistiu impávido e sereno à recapitalização dos bancos portugueses (7,8 mil milhões de euros)  acreditando piamente que os devedores reembolsariam os capitais com  juros a benefício do orçamento. Viu-se, e continuará a ver-se! 
A srª. Maria Luís Albuquerque continua a garantir a pé juntos que da resolução (!?) do BES e a invenção do Novo Banco ficavam os contribuintes livres de encargos; Viu-se, e mais se verá!
O sr. Mário Centeno, garantiu que. com o governo de que é parte importante, não haveria mais assaltos aos bolsos dos contribuintes para resgatar os banqueiros, e não fez outra coisa com a venda do Banif a troco de perdas que, diz quem fez as contas, poderá ultrapassar os 3 mil milhões de euros.
O sr. Carlos Costa, qual Constâncio Segundo por graça do sr. José Sócrates e a benção do sr. Passos Coelho,  não viu nada nem nada lhe cheirou a esturro, continua de pedra e cal a soterrar os tansos fiscais (nunca imaginaria Leonardo Ferraz de Carvalho que o confisco fosse tão longe)  para aguentar os bancos em risco de desmoronamento.

Resolve-se a capitalização do Novo Banco (depois da inteligente resolução que deve custar aos tansos fiscais para cima, e ninguém sabe quanto para cima, de quatro mil milhões) com a devolução à procedência das obrigações séniores emitidas pelo BES?
A capitalização, sim, mas à custa dos contribuintes porque apenas muda a sede onde os resultados da litigância ficam do lado dos tansos fiscais. 

Já agora registe-se que a nenhuma das supra citadas sumidades ocorreu que existe estabelecida uma garantia de depósitos até 100 mil euros, o que não é pouco considerando que cada depositante pode multiplicar aquele valor diversificando por bancos e titulares os seus depósitos. E que a garantia de limites superiores ou para aplicações não claramente tipificadas como depósitos foi feita, em todos os buracos banqueiros citados, à custa dos tansos fiscais.

E os bandidos continuam à solta*.

É incompetência ou trapaça a mais!

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 Correl . - *Vd. "O diabo que nos impariu", de Pedro Santos Guerreiro e Isabel Vicente

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