Tuesday, December 15, 2015

A BANCA DAS VACAS LOUCAS

O presidente-executivo do Banif admitiu em entrevista da Sic que o banco tem de ser vendido até sexta-feira o que, naturalmente, terá efeitos negativos sobre o preço. Disse ainda que tem acções do banco mas não as vende e compraria mais porque acredita no projecto.
Considera ainda que o fim do Banif seria um disparate.

Ao ler estas declarações de tão temerário presidente ocorreu-me aquela cena de um então ministro da Agricultura a papar uma boa dose de mioleira de vaca no tempo em que a encefalopatia espongiforme bovina punha meio mundo de pé atrás com o bife.

Mas se o banco é bom e não é portador de doenças transmissíveis por que o deixaram chegar ao estado deplorável a que chegou?
Não é caso um único, pois não.
Safa-se algum?

Anotei vezes sem conta neste caderno de apontamentos a minha perplexidade pela exuberância de uma banca que arrotava foguetórios de lucros no meio de uma economia depauperada. Como poderia uma vaca esquálida continuar a aguentar-se com tantos mamões? E sempre pensei que, mais dia menos dia, a vaca de tão sugada acabaria por tombar para cima dos que a sugavam.

E tombou mesmo.

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Act. - (16/12)
Pagam, e não bufam, os do costume : O primeiro-ministro garante os depósitos e admite custos para os contribuintes.
Venda flexível e "fundo mau" (nos bolsos dos contribuintes) é solução para o Banif
Por onde anda a "política patriótica da esquerda"?

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