Noticiam os jornais que a Infraestruturas de Portugal, a empresa pública que resultou da fusão da Refer e da Estradas de Portugal foi condenada pelo Tribunal da Relação do Porto a indemnizar um funcionário da Refer que havia sido despedido e condenado por corrupção no Processo Face Oculta pelo Tribunal de Aveiro.
Faltava, faltava?, não sei se faltava, mais esta ficção jurídica: a corrupção com justa causa.
Já havia sido confirmada a existência em Portugal de corrupção com corruptor sem corrompido, p.e., no intermitente Caso dos Submarinos.
Casos de supostos corrompidos e corruptores à espera de prescrição dos processos ou absolvição em tribunais ditos superiores são quase todos os outros que envolvam gente fina.
Da corrupção com justa causa da arraia miúda, não davam ainda conta de antecedentes as buscas do google.
Não deve agora faltar mais nenhuma ficção ao edifício jurídico para, definitivamente, acabar a corrupção em Portugal e reabilitar-nos da vergonhosa posição em que a Transparency International tem insistido em colocar-nos...
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Correl. - Vd. aqui a história de milhares de carris não vendidos mas comprados para vender como sucata. Quem os pagou?
Já advinhou? Foi você, caro contribuinte.
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Correl. - Vd. aqui a história de milhares de carris não vendidos mas comprados para vender como sucata. Quem os pagou?
Já advinhou? Foi você, caro contribuinte.
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