O Expresso deste fim-se-semana dava conta, mais uma vez, de vários projectos de melhoria ambiental em Lisboa: "Mais verde, mais passeios, mais esplanadas; mais gente, menos carros —
são os princípios por trás da revolução que a Câmara Municipal de Lisboa
(CML) quer lançar no chamado “eixo central”, que vai do Marquês de
Pombal até Entrecampos." - aqui
No entanto, recentemente, "residentes do Parque das Nações, em Lisboa, queixavam-se da degradação da
zona, onde decorreu a Expo'98, responsabilizando a Câmara e a Junta de
Freguesia, que gerem o espaço após a extinção da sociedade Parque Expo". - aqui
É geralmente assim, a forma como são feitos muitos dos investimentos públicos em Portugal com objectivos supostamente ambientais: uma vez feita a festa da inauguração do empreendimento e atirados os foguetes, os espaços intervencionados, sobretudo aqueles onde foram plantadas ávores, flores ou relva estarão dentro de algum tempo, uns mal tratados, semi-abandonados, outros secos por falta de rega e outros cuidados que nenhum ser vivo dispensa.
A não inclusão dos custos de funcionamento e manutenção nos projectos de investimentos públicos em geral, e não apenas naqueles com finalidades ambientais, é, aliás, uma das causas maiores dos falhanços observados nos anos em que, embalados pelo endividamento importado, os mordomos das festas só não se esqueceram da compra dos foguetório.
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