Nascido secretamente em Paris, naturalizado em Inglaterra, James Smithson, sem filhos, legou em testamento, em segunda instância, aos Estados Unidos da América, a sua fortuna (105 sacos contendo 104,960 gold sovereigns , cerca de $500,000 em 1838. equivalentes a $11,073,000 hoje) para uma fundação - Smithsonian Institution - em Washington DC, destinada ao "incremento e à difusão do conhecimento entre os homens". E deste modo nasceu em 1846 aquele que é hoje o maior complexo museológico e de investigação do mundo, com 19 museus e 9 centros de investigação, e diversas filiais fora dos EUA.
Curiosamente, James Smithson, que viajou bastante pela Europa, nunca esteve nos EUA.
Hoje, o Washington Post, dá-nos conta, aqui, da abertura em 2017 de um museu, que não é parte do Smithsonian Institute mas está a ser construido nas proximidades do Mall, onde se encontra a maior parte dos museus Smithsonian, e do Capitólio: o Museu da Bíblia.
De que Bíblia, isto é, de que leitura da Bíblia, se trata não se sabe por agora. Sabe-se que o empreendimento está a ser suportado por evangélicos ligados a actividades de comercialização de artesanato e kitsch - Hobby Lobby -, muito conhecidos recentemente por terem interposto objecções no Supremo Tribunal de Justiça contra a contracepção e de protecção social (vulgo Obamacare).
Mais um museu em Washington DC ou mais um bíblico desentendimento bíblico?
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