Ouve-se na Antena 1, noticiário das oito da manhã, que, segundo investigação da rádio estatal a ministra das Finanças, quando ocupava o cargo de secretária de Estado do Tesouro, pediu à administração da Parvalorem, empresa pública que ficou a gerir os ativos de má qualidade do ex-Banco Português de Negócios (BPN), que mexesse nas contas de forma a que estas revelassem um cenário de perdas mais otimista do que o real, reduzindo os prejuízos reconhecidos em 2012. Assim foi feito, e as perdas inicialmente reveladas de 577 milhões foram parcialmente reduzidas para 420 milhões ... A Antena 1, que transmitiu depoimentos confirmativos, de um interveniente identificado e de outro não identificado, informou ainda que pediu ontem esclarecimentos à ministra das
Finanças sobre esta questão, mas ainda não recebeu resposta.
Entretanto, horas depois, vd. aqui, a Ministra já desmentiu a "manipulação ou ocultação de contas".
Quem ouve esta notícia só por arreigado partidarismo pode deixar de considerar esta informação, no momento em que é feita, com evidentes intenções de socorro do candidato da oposição, embaraçado nos, geralmente inesperados, valores das sondagens. Irá o sr. António Costa lançar mão desta pequena bóia para tentar safar-se à última hora das previsões das sondagens?
Por outro lado soube-se, também hoje, que vd. aqui, a taxa de desemprego subiu ligeiramente para 12,4% em Agosto.
As eleições do próximo dia 4 de Outubro podem ser determinantes para o governo nos próximos seis anos, qualquer que seja vencedor se o for, como tudo leva a crer, com minoria relativa. A não ser que, ganhando a coligação sem maioria absoluta, o sr. António Costa consiga reunir à esquerda uma maioria que o apoie. E convença o PR que essa maioria pode governar estavelmente o país.
Uma bóia maior mas difícil de agarrar por um candidato que joga nestas eleições todo o seu futuro político.
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