Friday, May 16, 2014

SUBPRIME À PORTUGUESA

Volto ao tema do difícil equilíbrio da balança comercial.
Ontem referi que, ou o problema se resolve no âmbito do crédito concedido e da estratégia dos grandes grupos de distribuição, o que envolve um número relativamente reduzido de "responsáveis", ou o desequilíbrio assomará de novo às portas de entrada e saída do país.

Para além do crédito bancário às importações, a política dos bancos e das "grandes superfícies" de pressionarem o consumo a crédito voltou e mais agressiva que nunca. Mas, para além deles, não há cão nem gato que não "ofereça" crédito directo, na hora, ou cartões de crédito a taxas de juro "a partir de 9,5%". Pechinchas que só aqueles que estão aflitos ou a caminho disso aproveitam, perante a passividade do senhor Carlos Costa, que espera, talvez, receber pela distracção recompensa semelhante aquela que foi atribuida ao seu antecessor, o "distraído" senhor Vítor Constâncio.

A crise desencadeada pela erupção dos créditos sub prime aconteceu nos EUA há seis anos. Em Portugal há muitos que culparam os portugueses em geral por "terem vivido acima das suas possilidades."

Mas esses fazem-se esquecidos de que o envididamento excessivo decorre frequentemente de um logro em que são embrulhados os cidadãos. Que, tendo também responsabilidades no cartório, são muitíssimo menos culpados que os seus credores por disporem de muitíssimo menos informação que aqules. Ninguém ignora as consequências devastadoras do logro em que caem frequentemente os menos  informados ou mais incautos. Mas todos quantos deveriam prevenir a repetição do desastre continuam a assobiar para o ar.

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