Há dias recebi e-mails trocados entre amigos e conhecidos acerca do conflito entre a necessidade de defender a produção nacional e a possibilidade de o fazer sem infringir as regras que subscrevemos no âmbito das convenções sobre a liberdade do comércio e, muito particularmente, daquelas a que estamos submetidos enquanto membros da UE.
Há quem, pura e simplesmente, defenda a saída da zona Euro e da UE. Uma proposta que, contudo, é
muito minoritária. Invocam, por outro lado, muitos daqueles que defendem a permanência no euro e na UE que é impraticável qualquer medida ou prática que possa contrariar os princípios da liberdade de comércio. E que, além de impraticável, poderia desencadear efeitos de retaliação e ter resultados contrários aos pretendidos. Adicionalmente, referem que qualquer campanha de promoção
publicitária das vantagens do made in Portugal para os portugueses esbarra com os interesses particulares de cada um. Recordo-me, a propósito, de uma amiga minha que detesta os chineses e compra regularmente "os trapos" nos chineses...
Do meu ponto de vista só há uma via para evitar que a balança comercial se inverta de novo. Essa via passa pelos bancos - são os bancos que financiam as importações - e pelos maiores grupos de distribuição. São estes senhores que têm de convencer-se ou têm de ser convencidos de que deverão mudar de estratégias. Se o não fizerem, e foram eles os grandes responsáveis pelo nível de endividamento público e privado atingidos, voltará muito rapidamente o burro para as couves.
Thursday, May 15, 2014
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