Andamos às voltas e não encontramos uma saída para uma democracia maior, nem em casa nem no clube europeu. Comparada com esta névoa que nos turva a vista e não permite vislumbrar uma convivência pacífica na Europa, a discussão acerca da, em qualquer caso aparente, saída limpa, ou limpa mas pouco, de Portugal da tutela da troica, não passa de um entretenimento para ocupação do tempo político. Porque é irrelevante, porque é para eleitor ver, porque sem rede, visível ou invisível, o estatelanço seria fatal para o trapezista e para a assistência em baixo.
Preocupante mesmo é outra vez o resvalar da Europa para os nacionalismos e o cortejo de fanáticos que os acompanha, de xenófobos e racistas, de variadas e variáveis espécies. Se os extremismos se impuserem maioritariamente no UK e na França o que será feito da União Europeia no dia seguinte às eleições?, perguntava-se aqui há dias, e ninguém responde, porque aqueles que se dizem europeístas se recusam, por cedência ao oportunismo, que muitas vezes se traduz em falta de vergonha, a propor a submição ao voto popular a cedência da porção de soberania necessária à consolidação da União. E aos outros, os populistas, os que apregoam o nacionalismo e exigem a desunião europeia, que se atrelam ao desânimo dos mais fustigados por uma crise sem fim à vista, correm os ventos de feição nas intenções de voto.
- E a culpa é de quê? Ou de quem?
- Sei lá quem é o culpado... O que sei é que, se a democracia é isto, prefiro voltar à ditadura.
- Já estiveram mais longe, mas as perspectivas não são boas, para não dizer que são horríveis. Com o retorno dos nacionalismos, a guerra é mais que certa.
- Então que venha a guerra. Pior é impossível...
É este o drama europeu, o de desembocar a suturação de feridas antigas, sempre mal saradas, em tentações de novos conflitos que lhe reabrem os lanhos e impossibilitam a paz. Há doença colectiva pior que a tentação da guerra? Só de ânimo leve se pode dizer que sim.
Preocupante mesmo é outra vez o resvalar da Europa para os nacionalismos e o cortejo de fanáticos que os acompanha, de xenófobos e racistas, de variadas e variáveis espécies. Se os extremismos se impuserem maioritariamente no UK e na França o que será feito da União Europeia no dia seguinte às eleições?, perguntava-se aqui há dias, e ninguém responde, porque aqueles que se dizem europeístas se recusam, por cedência ao oportunismo, que muitas vezes se traduz em falta de vergonha, a propor a submição ao voto popular a cedência da porção de soberania necessária à consolidação da União. E aos outros, os populistas, os que apregoam o nacionalismo e exigem a desunião europeia, que se atrelam ao desânimo dos mais fustigados por uma crise sem fim à vista, correm os ventos de feição nas intenções de voto.
- E a culpa é de quê? Ou de quem?
- Sei lá quem é o culpado... O que sei é que, se a democracia é isto, prefiro voltar à ditadura.
- Já estiveram mais longe, mas as perspectivas não são boas, para não dizer que são horríveis. Com o retorno dos nacionalismos, a guerra é mais que certa.
- Então que venha a guerra. Pior é impossível...
É este o drama europeu, o de desembocar a suturação de feridas antigas, sempre mal saradas, em tentações de novos conflitos que lhe reabrem os lanhos e impossibilitam a paz. Há doença colectiva pior que a tentação da guerra? Só de ânimo leve se pode dizer que sim.
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