Lula: a União Europeia já não existe.
A Alemanha é agora dona e senhora feudal de um vasto território habitado por pigmeus. uns, porque lhes convem porque sim, outros porque deixaram de saber dizer não.
A propósito, soube através do Quarta República que um grupo, para já, de setenta manifestantes pronunciou-se ontem por uma despesa pública menor para um futuro melhor. Também subscrevo. Ainda não li o documento, não consigo localizá-lo, mas subscrevo a intenção pelo título, ainda que preferisse uma despesa pública melhor para um futuro melhor. A simples redução da despesa pública não garante, só por si, nada melhor. Presumo que no texto do manifesto aquele menor queira também significar melhor.
Em todo o caso, é preciso reconhecer que o actual governo lançou-se com todas as ganas da troica e mais algumas por sua conta pela redução da despesa pública e os resultados não têm sido animadores.
Bem pelo contrário. Os défices do orçamento não obedecem às intenções do memorando assinado pelo trio com a troica e a dívida pública continua a aumentar apesar das receitas extraordinárias a que este governo, imitando os anteriores, tem lançado mão.
Porquê?
Porque o memorando foi mal desenhado, informava há dias com evidente atraso o deputado Miguel Frasquilho. Não explicou o deputado se o mal desenhado foi obra de inabilidade ou intencionalidade.
Foi intencional.
Sabia-se desde o primeiro momento que o memorando, assinado sobre a pressão de estado de necessidade, não era cumprível. E, com o passar do tempo, cada vez mais. Mas à Alemanha & Companhia do norte interessava, acima de tudo, safar o seu sistema bancário. Por esse desígnio mesquinho foram prostituídos todos os objectivos maiores.
A União Europeia, Lula, foi um mito em que muitos, entre os quais me incluo, acreditaram, já não existe. Os propósitos dos pais fundadores - a preservação da paz no Velho Continente - correm sérios riscos de serem revertidos. A desintegração da Europa, com todos os demónios
que vão soltar-e, segue dentro de momentos.
1 comment:
A União Europeia existe e não está assim tão mal de saúde. Continuamos é a viver, nós afluentes Ocidentais, muito acima das nossas possibilidades naturais (recursos). Preferimos "pedir emprestado" ao futuro, imprimindo dinheiro e títulos de dívida que não têm correspondência nos recursos físicos que dispomos. A "economia do crescimento" falha na análise aos limites físicos, e bastaria pensar no caso do Japão - estagnado há uma década mas com um nível de vida elevadíssimo.
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