Monday, November 22, 2010

ACIMA DO PAÍS

"Uma coligação seria um erro gravíssimo com consequências dramáticas,... seria a última tábua de salvação para o PS se aguentar no poder" - Alexandre Relvas, empresário, muito próximo de Cavaco Silva, ao Expresso do último fim-de-semana.

O partido acima do País. 

5 comments:

aix said...

Começo a compreender porque é que o 'botas' não gostava de partidos. Estes pêéssedês já esqueceram a fórmula do fundador:1ºo País depois o Partido.Mas, e por outras razões, também me parece errado uma coligação.

LEOLEO said...

Francamente não entendo essa obcessão pela coligação.
Será que foi por falta dela que os PECs sempre anunciados como suficientes e ultimos o não foram?
Foi por falta de uma coligação que a derrapagem de 2010 foi tão grande que nos " estampamos " todos?O aumento da despesa primaria em 2010 mesmo depois de acordos para a diminuir ocorreu por falta de coligação?É por falta de coligação que o rigor desapareceu ?
Uma coligação só iria provocar uma divisão dos " tachos" entre os 2 partidos de poder e eternizar a situação . Da cambada que nos governa não se poderia esperar algo de diferente. E depois, uma coligação retiraria uma das unicas coisas positivas da democracia burguesa: a alternancia. Isto porque os que ficariam de fora não são partidos de poder nem querem ser.
Por outro lado não entendo o pavor pelo FMI. Mais vale um tratamento de choque com riscos do que a morte lenta a que os tipos que nos (des)governam nos reservam.

rui fonseca said...

Caro Francisco,

Uma coligação não é uma condição suficiente mas é uma condição necessária para suportar um, governo que se pretenda estável e reformador, sobtetudo em tempos de crise aguda.

Não é por acaso que Portugal é quase caso único entre os países democráticos onde o governo não tem suporte suficienteno Parlamento. É uma aberração.

Caro Leoleo,

As coligações não têm que ser, antes pelo contrário feitas ao centro. Podem, e normalmente são, à esquerda ou à direita.

Sucede que, lamentavelmente, em Portugal o Be e o PCP se assumem como partidos anti-poder e o PS não consegue, ou não faz por isso, para se coligar com eles.

O centrão parece, então, como uma fatalidade imposta pela não existência de alternativas mais clarificadoras.

O ideal seria que a esquerda e a direita se apresentassem ao eleitorado com alternativas.

Mas, como disse, lamentavelmente, o BE e o PCP são, pela sua atitude anti-governo, qualquer que ele seja,nocivos ao regime democrático em Portugal.

Mais uma originalidade portuguesa.

aix said...

«Uma coligação não é uma condição suficiente mas é uma condição necessária para suportar um, governo que se pretenda estável e reformador.»
Pois,caro Rui,o problema é a coligação não ser uma condição suficiente.Na Irlanda os Verdes descoligaram-se e lá se foi o suporte do governo.Neste assunto estou com o LEOLEO (uma questão de 'tachos').

rui fonseca said...

"o problema é a coligação não ser uma condição suficiente"

Então qual é a forma de governo que possa ser necessária e suficiente em tempos de crise?

A ditadura?

Não creio, meu caro Francisco, que seja essa a tua opção.

Quanto aos irlandeses, vão a eleições. Aposto que formarão um governo de maioria qualquer que seja o resultado delas.

O próximo almoço. Valeu?