Leio no Expresso de hoje que "Passos não entra no Governo sem ir a votos".
Se a notícia é consistente, e não me admira que seja, as perspectivas apontam para eleições gerais logo que expire o período de defeso, isto é, em Maio do próximo ano.
Estamos a sete meses de distância e, na melhor das hipóteses portuguesas, a oito ou nove da tomada de posse de um novo governo. Entretanto, chegam as férias de Verão. Até lá, Portugal, um barco à deriva, acabará, fatalmente, por encalhar com rombos incalculáveis no casco.
Agora suspenso da aprovação do OE 2011 na especialidade, o Governo esquece-se da execução do OE 2010, que deve concluir-se com o agravamento da enorme derrapagem já revelada, alterando substancialmente o ponto de partida para 2011. É, no mínimo, inexplicável que o Governo, perante a derrapagem em curso e a urgência na decisão de a travar, adie para 1 de Janeiro de 2011 o início da execução das medidas que entende necessárias e suficientes.
Tudo conjugado, Portugal vai estar sujeito a um longo período de turbulência sem esperança de que daqui a um ano haja condições de governabilidade que permitam adoptar as medidas que possam contrariar as causas que conduziram à estagnação económica, à ameaça de falência do Estado, do sistema financeiro, de muitas empresas e de grande parte das famílias.
Porque, em Maio de 2011, se os resultados das eleições conduzirem a uma maioria absoluta do PSD, ou do PSD/CDS, e não é um dado adquirido que isso venha a acontecer, Portugal encontrar-se-á numa situação em que a sua governabilidade estará condicionada pela execução do OE 2010 e pelo OE 2011 de que ainda não se conhecem os contornos definitivos. O que, inevitavelmente, implica que o novo governo herdará um testemunho em brasa. E que, ou o deixa cair mais cedo do que esperava, ou terá de suportar os efeitos dolorosos do escaldão.
A aposta, se é aquela a aposta de Passos, não parece inteligente: Desvincula o actual governo e o PS das suas responsabilidades para carregar com um fardo que só lhe pode dar dissabores. Após uma vitória eleitoral, mesmo que seja robusta, passados poucos meses estará com a popularidade no charco.
Do que o País precisa, como condição necessária à sua reabilitação, é da mais ampla coligação possível para chegar ao fim da actual legislatura. Com outro PM.
Agora suspenso da aprovação do OE 2011 na especialidade, o Governo esquece-se da execução do OE 2010, que deve concluir-se com o agravamento da enorme derrapagem já revelada, alterando substancialmente o ponto de partida para 2011. É, no mínimo, inexplicável que o Governo, perante a derrapagem em curso e a urgência na decisão de a travar, adie para 1 de Janeiro de 2011 o início da execução das medidas que entende necessárias e suficientes.
Tudo conjugado, Portugal vai estar sujeito a um longo período de turbulência sem esperança de que daqui a um ano haja condições de governabilidade que permitam adoptar as medidas que possam contrariar as causas que conduziram à estagnação económica, à ameaça de falência do Estado, do sistema financeiro, de muitas empresas e de grande parte das famílias.
Porque, em Maio de 2011, se os resultados das eleições conduzirem a uma maioria absoluta do PSD, ou do PSD/CDS, e não é um dado adquirido que isso venha a acontecer, Portugal encontrar-se-á numa situação em que a sua governabilidade estará condicionada pela execução do OE 2010 e pelo OE 2011 de que ainda não se conhecem os contornos definitivos. O que, inevitavelmente, implica que o novo governo herdará um testemunho em brasa. E que, ou o deixa cair mais cedo do que esperava, ou terá de suportar os efeitos dolorosos do escaldão.
A aposta, se é aquela a aposta de Passos, não parece inteligente: Desvincula o actual governo e o PS das suas responsabilidades para carregar com um fardo que só lhe pode dar dissabores. Após uma vitória eleitoral, mesmo que seja robusta, passados poucos meses estará com a popularidade no charco.
Do que o País precisa, como condição necessária à sua reabilitação, é da mais ampla coligação possível para chegar ao fim da actual legislatura. Com outro PM.
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