De insubstituíveis, diz-se, estão os cemitérios cheios.
Esta verdade irrebatível, contudo, não parece ter convencido o par PS/PSD que deixou ontem a porta aberta para excepções à regra de cortes salariais na função pública e nas empresas, exclusiva ou maioritariamente, públicas.
Uma possível excepção que, se vier a ser usada em alguns casos, poderá, e com toda a razão, indignar os excluídos da condição de insubstituíveis.
Por todas as razões e mais uma: as empresas públicas lucrativas são raras mas o seu sucesso não depende do mérito de quem as gere mas das condições que protegem as suas actividades.
A Caixa tem tido vários presidentes, vários membros do conselho de administração, nomeados por razões de confiança política. Alteraram-se significativamente os resultados da Caixa com as mudanças no quadro de gestores? Claro que não.
Para além do ridículo receio de saída dos melhores para a concorrência numa altura em que a concorrência está a deitar por fora custos, que já aqui denunciei, para além das mesmíssimas razões poderem ser invocadas por outros sectores públicos, acresce este facto óbvio: Difícil não é gerir a Caixa, difícil é gerir a CP, por exemplo.
----
Na foto: Gorila prateado, espécie em vias de extinção.
Dizem os sóciobiólogos ou o zoosociólogos que quando o Gorila assume o comando do grupo ele troca o pêlo das costas por um pêlo prateado para demonstrar a sua posição de chefe.
No comments:
Post a Comment