Toda a imprensa internacional realçava a semana passada a grande expectativa acerca dos resultados da conferência sobre as questões climáticas que reunia em Nova Iorque cem chefes de Estado e de Governo. E, muito particularmente, a intervenção do presidente chinês, que prometia ser a vedeta da conferência.
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Não tendo sido unânimes as conclusões da conferência, o que aliás seria de esperar em matéria tão sensível, não podem deixar de considerar-se as propostas chinesas como mais um vector de consolidação da sua posição no pódio da liderança mundial.
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Amanhã e depois, realiza-se a reunião dos G20 em Pittsburgh, e é muito provável que a posição chinesa volta a ser relevante. Enredado pelos lobies que parecem apostados em querer comprometer a todo o custo o avanço das suas propostas, e nomedamente das que se referem à regulação financeira, porque para os interesses instalados é sempre cedo demais para a mudança, Obama confronta-se com o protagonismo dos presidentes da China e da Rússia e está a ser forçado a romper o cerco. Se o conseguirá ou não é uma questão que a curto prazo se verá.
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Mas quero acreditar que sim. Seria dramático para o seu futuro político, porque seria demasiado decepcionante para todos os que viram nele o líder carismático capaz de mudar a América, que continuasse a reboque dos acontecimentos provocados por outros. E seria também não menos dramático para os EUA.
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2 comments:
Caro Rui
Ontem à tarde estive entertido a ver um programa da RTP2 "Sociedade Civil" onde se discutia o auecimento global com a participação de vários conhecedores do assunto entre os quais um professor que não retive o nome mas que se intitulava cientista, que entre insultos ao representante da QUERCUS apontava para a tese, que pelos vistos já vai tendo muitos adeptos, da não influência das emissões de CO2 nas alteraçõs climáticas referindo entre outros um documentário que ainda não passou entre nós e que eu repesquei o link que recomendo visiones e comentes
http://www.channel4.com/science/microsites/G/great_global_warming_swindle/index.html
Abraço
LM
Caro Luciano, viva!
Pois há muitos "negacionistas", parece que é assim que se designam.
A questão do ponto de vista científico ainda não é totalmente pacífica. Não sei mesmo se há questões pacíficas, seja em que campo for. Conheces alguma?
Independentemente, contudo, das certezas e das dúvidas científicas, a preservação do meio ambiente é um valor que não deveria admitir relativismos.
E é essa questão que os negacionistas também não aceitam. Estão, geralmente, ligados aos sectores ultra liberais, libertários, etc., que vêm na responsabilização humana na destruição da natureza uma forma de constrangimento das liberdades.
Há gente para tudo, como sabes.
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