Saturday, September 19, 2009

HISTÓRIA ECONÓMICA EM PORTUGAL

O Professor Joaquim Romero de Magalhães da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra dissertou na sua oração de sapiência, que abriu o ano lectivo de 2009/2010, sobre tardio estabelecimento da história económica em Portugal. A censura do poder político e, sobretudo, da academia, os riscos de citar autores malditos como António Sérgio (fiquei a saber que na universidade só conseguiu ensinar em Santiago de Compostela) ou de pôr em causa o papel e relevância das virtudes atribuídas (como a castidade) ao Infante D. Henrique nos Descobrimentos portugueses, ilustram bem as dificuldades do estabelecimento da história económica portuguesa.

2 comments:

aix said...

Rui, a lição do Prof Romero de Magalhães é notável em informação,não só quanto ao tema da História Económica mas quanto ao "clima" que se vivia no universo académico das Faculdades ditas humanistas.A mim fez-me relembrar o meu passado de universitário na FLL: a nulidade pedagógica e científica que era o Doutor Mário de Albuquerque (mais conhecido pelo terror que praticava nos exames do que pelo estímulo ao conhecimento; que eu saiba nem um discípulo produziu!),a valência pedagógica do Padre Manuel Antunes e do Prof.Vitorino Nemésio,o rigor metodológico de Oliveira Marques e mesmo de Jorge Borges de Macedo apesar da ideologia.Não é por acaso que o A.nem cita Veríssimo Serrão...e faz bem, e outros que por lá andavam. Mas também é bom lembrar que a minha geração foi influenciada por AA.arredados (ou corridos) da Universidade.O pensamento de António Sérgio influenciou-nos muito.Líamos Vitorino Magalhães Godinho e,para muitos de nós,a "Seara Nova" era guia. Já coloquei o texto numa pasta dos meus documentos seleccionados que designei por "in bold".

Rui Fonseca said...

Caro Francisco,

Obrigado pelos teus comentários.

Em outro local, mas mais ou menos ao mesmo tempo, também experimentei o ambiente que RM descreve e tu revês.

Também eu recordo os que nos marcaram pela positiva e faço por esquecer os que nada acrescentaram.

Abç.