A importância da participação dos trabalhadores da TAP no capital da empresa - que pode chegar aos 5% - avaliei-a aqui como uma espécie de golden share que permitirá, se houver, e é muito provável que haja, sindicalização nas assembleias gerais dos votos dos accionistas trabalhadores. Mas esta possibilidade não foi muito valorizada pelos comentadores do costume. Um sindicalista, entrevistado ontem pela antena 1, não se referiu sequer ao assunto e o entrevistador também não o interrogou sobre ele.
Hoje é notícia aqui que "os sindicatos acreditam que haverá uma forte adesão dos trabalhadores à venda da posição de 5% que lhes foi reservada no capital da TAP e que estão a organizar-se para garantir a participação dos funcionários no futuro da companhia, mesmo que tal sirva apenas para fiscalizar a gestão feita pelo consórcio privado que, apesar de minoritário, ficará aos comandos da empresa"
Com o feitor do Estado, (i.e. o variável governo em São Bento) detentor de 50% do capital, mas sem intervenção na gestão corrente, o Consórcio com 45%, mas o exclusivo do executivo, e o sindicato de accionistas com uma participação que pode atingir os 5%, as assembleias gerais prometem vir a ser animadas por um não programado baile trapalhão a acabar em quarta-feira de cinzas.
2 comments:
Noto apreensivo o desprezo olímpico dos nossos tudologos encartados plea cota dos sindicalistas. Ainda vai sobrar para os contribuintes.
Vai, vai.
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