“Quando
lemos sobre a criação na Biblia corremos o risco de imaginar que Deus
era um mágico com uma varinha de condão e capaz de fazer tudo. Mas isso
não é verdade”, afirmou ontem o Papa Francisco na Academia Pontifícia
das Ciências, admitindo que "as teorias científicas da evolução e do Big Bang estão correctas e que não são incompatíveis com a existência de Deus". O impacto destas palavras do Papa no seio da Igreja é incalculável mas é inevitável que com elas se derrubam muitas posições dogmáticas.
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Recorde-se que, pela primeira vez na história da Igreja Católica, e provavelmente das de todos os credos religiosos, a comunidade científica é, por razões das exigências dos métodos em que se suporta, menos complacente na admissão da prova de uma teoria científica que uma comunidade religiosa. Por enquanto a Academia Real das Ciências da Suécia continua a aguardar essa prova necessária para atribuição do Premio Nobel* da Física à teoria que o Papa Francisco ontem já consagrou.
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*"Cientistas do Harvard-Smithsonian Center for
Astrophysics (EUA) conseguiram detetar pela primeira vez ondas
gravitacionais, o que constitui a primeira prova observacional da
existência do Big Bang, o evento que deu origem ao Universo há quase 14
mil milhões de anos.
Os astrofísicos dizem que encontraram o sinal deixado
pela expansão muito rápida do espaço logo a seguir ao Big Bang, fenómeno
conhecido por inflação. Logo a seguir ao Big Bang significa uma fração
de tempo de um bilionésimo de segundo (um segundo a dividir por um
bilião).
"Detetar este sinal é hoje um dos mais importantes
objetivos da cosmologia e há muita gente a trabalhar nesta área", afirma
à BBC o investigador John Kovac, do Harvard-Smithsonian Center for
Astrophysics, que lidera a equipa que fez a descoberta.
A BBC admite que, se esta descoberta for replicada por
outras equipas de cientistas, estará garantido um Prémio Nobel para esta
área de investigação".vd. aqui
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