Monday, October 20, 2014

INCOMPETÊNCIA E BURLA INTERCONTINENTAL

Hoje, as acções da PT perderam mais 10% na Bolsa de Lisboa, depois das quedas a pique dos últimos dias, e de terem estado cair a meio do dia quase 30%.
Em S. Paulo aa acções da Oi cairam 9%. 
Porque, disseram os analistas, a Rioforte foi considerada falida e a possibilidade da PT recuperar os cerca de 900 milhões que tinha emprestado ao GES reduzida a quase nada.
Já depois da Bolsa ter encerrado soube-se que a CMVM vai proibir a partir de amanhã o "short selling" das acções da PT de modo a evitar a sua queda livre. 
Entretanto soube-se - vd. aqui - que "a Morgan Stanley, que é acionista da PT e assessora da Altice, que quer comprar a PT, publicou um relatório que arrastou as ações para a sua maior queda de sempre. Pode piorar? Pode: até aos 36 cêntimos, diz... a Morgan Stanley."

Depois da incrível história que nos contaram - ninguém, salvo o senhor Granadeiro, sabia do empréstimo dos 900 milhões da PT à Rioforte, que vinham a rolar desde o começo do século - contam-nos agora outra que não é incrível porque é o epílogo pretendido de uma burla global, agora  já sem disfarce nem penumbras.  
E só agora, quando os dados estão lançados, que a CMVM acorda para proibir o "short selling".
Uma burla, qualquer burla, conta sempre com a incompetência ou a ingenuidade de alguém. Neste caso, como não podemos considerar os reguladores ingénuos teremos de os classificar como incompetentes. Ou, objectivamente, coniventes, se preferirem.

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A Segurança Social perde 44 milhões e os investidores portugueses 673 milhões com as acções da PT (Antena 1, noticiário das 8,00) 
"Nunca a PT valeu tão pouco em bolsa . Chegou a ter uma capitalização doze vezes superior à de hoje"

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