"Haver ou não haver orçamento rectificativo é uma questão de tempo imposta pelo calendário das eleições. Se as circunstâncias não tornarem inadiável a rectificação do OE antes das legislativas, o Governo que delas resultar não terá qualquer hipótese de lhe escapar. Porque o problema não será a dimensão do défice, assunto menor em tempos de recessão, mas a dimensão do crescimento da dívida pública. Alguém terá de a pagar, e a nossa não a pagarão os turcos, com certeza. "
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Ficámos hoje a saber que Governo aumenta limite de endividamento do Estado em 4,9 mil milhões de euros. A proposta de alteração de Orçamento do Estado que o Governo vai entregar à Assembleia da República, visa aumentar o limite total de endividamento em 4,9 mil milhões de euros. O valor de referência do défice orçamental para este ano é de 8%, e 0 Governo apresenta orçamento rectificativo.
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Quem é que vai opor-se? Perguntando melhor: Quem pode?
A dívida é assim: uma vez assumida, é eminentemente anti democrática, não admite oposição partidária. Os partidos da oposição que, na altura, reclamaram o orçamento rectificativo deveriam antes ter reclamado a contenção da dívida dizendo como é que isso se faria. Se soubessem. Reclamando, como e quando reclamaram, foram, de formas opostas, tão oportunistas como o Governo.
3 comments:
Boa noite.
O governador manipulador diz-se surpreendido com a dimensão da coisa.
Provavelmente entregaram-lhe os numeros já devidamente manipulados e ficou sem grande capacidade de manipulação.
Isto se calhar para dar um ar sério tendo em visto o horizonte europeu.
Aí sim, manipulações em larga escala.
Ouvi hoje à noite o Governador dizer que se impõem medidas que não passam pelo aumento da receita resultante da recuperação da economia, porque não chega. Quando lhe perguntaram se passava pelo aumento dos impostos, não respondeu.
Porque a resposta é cada vez mais um caso muito bicudo.
Claro que não chega.
Ele sabe muito bem que a recuperação da economia é treta.
Quem está a recuperar são os bancos, através da sua acção predadora e usuária. A Economia verdadeira, a da produção, não cresce, ao contrário do que nos querem fazer crer.
Todos os dias há empresas a fechar ou a deixar de pagar, sem que haja novas a abrir e a produzir. Só quando isto der a volta por baixo, teremos crescimento, sempre a centésimas de zero sobre quase zero.
É essa economia que dá receitas e cria riqueza, não é a cmvm, os bancos e companhias de seguros, a edp a sacar aqui para investir lá fora, ou a galp a esfolar-nos nos preços da gasosa.
E bancos a chular para pagarem menos impostos que um zé-ninguém.
Deve ser pela receita fiscal dos bancos que o cavalheiro faz contas e diz que não chega.
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