Tuesday, May 24, 2016

RECEBER PARA NÃO TRABALHAR

A proposta vai ser referendada na Suíça - vd. aqui -, mas, segundo as sondagens, será rejeitada.
Mas a ideia surgiu, e, muito provavelmente, fará o seu caminho até vir a ser aprovada pela maioria dos suíços, num futuro que pode não estar distante.  
Segundo a mesma notícia, o Canadá, a Holanda e a Finlândia estão a ponderar medidas semelhantes.

Por agora, a intenção espanta; num futuro mais ou menos longínquo, que não posso avaliar nem certamente viverei para poder observar, espantará a passagem ao patamar seguinte: 
Pagar para trabalhar. 

A capacidade humana de consumir é limitada pelo tempo; a capacidade de produção só defronta limites na exaustão dos recursos materiais. 
Num mundo economicamente globalizado, a competitividade acelera a produtividade e esta significa a redução de efectivos necessários à produção consumível. O emprego contrai-se e o trabalho será um bem cada vez mais raro.

E o que é raro, paga-se.

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Correl . - Job security is living the millennial dream

3 comments:

Miguel Madeira said...

É errado chamar a isso "receber para não trabalhar" - isso seria um subsidio que se recebesse em troca de não trabalhar; pelo que eu percebo, trata-se de um subsidio que se recebe, quer se trabalhe, quer não.

Rui Fonseca said...


Obrigado, Miguel, pelo seu comentário.
Contudo a notícia refere, (transcrevo)

" A Suíça poderá vir a pagar 2.500 francos (cerca de 2.136 euros) por mês aos cidadãos para não fazerem nada. Trata-se de um rendimento básico incondicional que substitui vários benefícios sociais, e que poderá vir a ser introduzido se os cidadãos do país assim o desejarem. A implementação desta medida será votada num referendo agendado para o próximo dia 5 de Junho."

Aliás, não entendo como poderia ser do modo que o Miguel interpreta.

Unknown said...

Vale a pena acompanhar com atenção o RBI/UBI , tanto pelo lado da humanização do desemprego inevitável , como pelo lado da economia; como se sabe toda a economia local sofre num brusco desemprego de grandes empregadores cessarem a laboração, pelo impacto no consumo local. A 5 Junho o referendo suiço dará alguma ideia, mas o estudo do governo finlandes, bem profundo e com ensaios programados a publicar no fim do ano, vale a pena acompanhar; isto para quem gosta de factos, quem tem crenças já sabe tudo o que precisa claro.