O Governo, decidiu recapitalizar a CGD injectando-lhe mais quatro mil milhões de euros, que irão juntar-se aos três mil e seiscentos milhões dados há quatro anos, dos quais dois mil e setecentos milhões para recapitalização e novecentos milhões a título de empréstimo, ainda por reembolsar na totalidade. Outro qualquer devedor teria caído falido.
A decisão do Governo terá sido, segundo o Expresso deste fim-de-semana, imposta pelo sr. António Domingues, que a Assembleia Geral de accionistas (uma designação insólita para a presença de um único efectivo representante do accionista) vai eleger esta semana.
Segundo a mesma notícia, as instituições europeias poderão aprovar aquela operação mediante a apresentação de um plano que garanta que a injecção destes mais quatro milhões de euros na Caixa vai permitir obter um rendimento bastante do capital investido para retirar-lhe o carácter de mais um apoio dos contribuintes a fundo perdido. O sr. Jerónimo de Sousa está de acordo e nem discute a consistência das garantias do plano Domingues, aliàs ainda não conhecidas. Se é público pode perder quanto queira ...
Ainda segundo o mesmo semanário ficámos a saber o que já, muito fundadamente, suspeitávamos: a banca recusa-se a assumir as responsabilidades no Fundo de Resolução, que o governo anterior colocou do lado dos contribuintes, garantindo aos seus crédulos exactamente o contrário.
Por outro lado, o PM reafirmou a sua fé nas virtudes de um "banco mau" para resolução da acumulação de crédito dito mal parado que a banca alegremente acumulou, e continua a acumular, por conta dos pagantes do costume
Um dia destes cairá o burro-em-pé.
1 comment:
" e nem discute a consistência das garantias do plano Domingues, aliàs ainda não conhecidas"
É tudo feito pela calada.
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