Afinal o último dos românticos não compareceu.
Esteve o primeiro-ministro, que, à saída, interpelado pela avidez dos media, esclareceu de modo escorreito que já tinha feito observar ao seu ministro da Cultura que a ameaça de um par de bofetadas
não são maneiras que se tenham em público numa sociedade onde presidem os afectos.
E, aproveitando a oportunidade mediática, acrescentou que tinha relembrado a todo o seu Governo a regra básica de nem sequer mal tratarem as moscas ainda que aconteça o acaso de um casal delas venha rodopiando no ar e acabar por fazer amor nos seus pratos de sopa.
Invocando o direito à liberdade de expressão (à bofetada, supõe-se) o sr. João Soares demitiu-se hoje.
Se ele passar da ameaça aos factos, teremos notícia, um dia destes, de um hilariante espectáculo de bofetada entre sexagenários.
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