O CEME apresentou pedido de demissão ao PR, e o PR não demorou tempo a aceitar-lhe o pedido.
Caiu-lhe a capoeira em cima.
Fez bem o PR em não contribuir para aumentar a poeira polémica que o caso em questão inevitavelmente levantou.
Inevitavelmente, porque há, porventura, razões respeitáveis de ambos os lados - castrense e político - mas não podem subordinar-se as leis da República aos regulamentos da disciplina militar.
Neste caso, o confronto acontece porque subsiste uma situação em que a tutela de uma escola secundária pública escapa, e não devia escapar, às atribuições do Governo na matéria.
O PR fez o que devia.
Falta ao Governo fazer o que lhe compete, retirando do âmbito do Estado Maior do Exército a competência para interferir num assunto que exorbita das suas atribuições militares, e integrando as escolas secundárias ainda sob alçada castrense na rede de escolas públicas do país.
Mas isso não vai acontecer. O ministro da Defesa falou alto de mais mas por prosápia.
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