Houve tempo em que aquilo era o Autódromo do Estoril, e era privado.
Quando entrou em falência aconteceu o que é norma neste país acontecer a vários privados falidos: o governo envolveu o Estado no negócio e os contribuintes passaram, a partir daí, a suportar as perdas anuais que já comeram quase todo o capital subscrito - vd. aqui Relatórios e Contas até ao 1º. semestre de 2015.
O facto mais notável depois da nacionalização do Autódromo do Estoril foi a alteração da sua designação para Circuito do Estoril. A Câmara de Cascais chegou a um acordo com a Parpública para a compra do CE mas o Tribunal de Contas, vd. aqui, chumbou o negócio. De qualquer modo, na Câmara ou na Parpública o Circuito do Estoril é uma empresa do Estado, sendo os contribuintes coagidos a sustentar a sua actividade cronicamente deficitária.
- Esta situação faz algum sentido?
- Oh meu caro, se você quer ir por aí teria de começar por condenar os milhares de milhões que foram, e continuam a ser, enterrados nos bancos.
- Se for por aí tudo o mais é para aguentar, e cara alegre. É isso? Se o programa de privatizações arrolou empresas de interesse estratégico crítico, como é o caso da REN, por que razão se mantém o Circuito do Estoril impavidamente às costas dos contribuintes? Sabe porquê?
- A rapaziada gosta das corridas ...
- Muito bem. Se gosta, que as pague.
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