"A Associação Portuguesa de Mulheres Juristas tomou conhecimento,
pela comunicação social, de algumas das instâncias da Mmª Juíza de Direito
que preside à Audiência de Julgamento de Autos de um crime de violência
doméstica.
Dando por assente que as descrições do ocorrido nessa Sessão de
Audiência de Julgamento, constantes desses artigos, correspondem ao teor
das expressões utilizadas, a Associação Portuguesa de Mulheres Juristas
não quer deixar de expressar publicamente a sua preocupação pelo que estas
revelam sobre a persistência de pre-juízos desconformes com o legalmente
estipulado sobre o modo de agir com vítimas de violência doméstica.
A Associação Portuguesa de Mulheres Juristas está crente que o
decurso da Audiência de Julgamento fará jus ao modo adequado de condução
dos atos judiciais conforme à consideração e respeito por todos os
intervenientes processuais.
Lisboa, 15 de fevereiro de 2016
A Direcção da A.P.M.J." - vd. aqui
Em causa o facto da Meretíssima Juíza de Direito se ter permitido tecer tais considerações sobre a oportunidade do momento em que a vítima deveria ter comunicado as agressões à polícia. - vd. aqui.
Isto, num processo em que se confrontam razões de personagens públicas, e com que se lambuzam as leitoras e os leitores dos media da socialite.
Imaginem-se as considerações que, por este padrão de julgamento, têm de ouvir as centenas de vitimas ignoradas pela comunicação social.
E, já agora, pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas.
2 comments:
...mas a mim o que mais me tem preocupado nestes dias é a questão das cartas entre João PauloII e Mme Anna Theresa Tymienieka...é que, segundo [quase] toda a imprensa internacional tudo se resume em saber se, afinal, deram alguma 'queca' ou não...problema teologicamente muito relevante!!! abç
Bem filosofado, Francisco!
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