“Mas passa pela cabeça a
alguém dizer isso?!”, disse a indignada juíza ao ouvir o pândego gabar-se de ter sido capaz de ter podido estoirar tanto dinheiro público (80 milhões!) tão depressa, sem ter de prestar contas a ninguém.
Essa é boa, senhora juíza!
A verdade indigna?
Se o tipo que tem à sua frente se gaba de ter podido gastar 80 milhões de euros, quando estava em funções, sem obrigação de prestar contas a ninguém, e se isso é verdade, por quê essa indignação, juíza?
“O meu tecto de
despesa eram 80 milhões de euros. Com um estalar de dedos, sem ter de
justificar nada a ninguém”, disse ele, e está tudo dito.
Gil Martins, enquanto comandante da Protecção Civil (seria interessante saber quem o nomeou e porquê) testou as barreiras protectoras da defesa dos interesses dos contribuintes e entrou nelas como faca em manteiga. Divertiu-se à grande e não o esconde, limita-se a dar justificações de bobo, prolongando no tribunal a grande pândega que oitenta milhões lhe consentiram com um estalar de dedos. Quantos Gil Martins andarão por aí à solta, mas encobertos, alguém saberá?
Num aspecto a gabarolice deste comandante de estúrdias é pífia: os 80 milhões que estoirou são peanuts quando comparados com os milhares de milhões espatifados por nossa conta pelos ratos do BPN, BPP, e doutros bês-qualquer-coisa, a prescrever. Considerando a exiguidade da quantia estoirada o comandante merece bem uma pesada pena de prisão. Suspensa, considerando que se gabou do pouco que fez.
1 comment:
deu-lhe a ressaca para ser sincero; mas o esforço vai cair mal nos moralistas e poderes. Então não deixa ficar mal os colegas que tanto trabalham para queos BPN´s prescrevam "naturalmente" e sem alarde, vir para aqui basofiar verdades.
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