Isabel quer que o sistema de avaliação
seja mesmo estimulante.
E o Sistema também quer que o sistema de bonificação
seja mesmo estimulante,
para que todos sejam bons,
excepto alguns óptimos.
Havendo coincidência de objectivos,
coincidirão nos meios estimulantes.
E passaremos adiante para dantes.
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Isabel Alçada quer sistema de avaliação que premeie "esforço e qualidade"
A ministra da Educação afima que o Governo quer que "aquilo que ficar definido seja mesmo estimulante".
Isabel Alçada quer sistema de avaliação que premeie "esforço e qualidade"
A ministra da Educação afima que o Governo quer que "aquilo que ficar definido seja mesmo estimulante".
2 comments:
"Aquilo que ficar definido seja mesmo estimulante", diz Isabel Alçada. Os sindicatos continuam, de facto, a exigir que o sistema fique como dantes para ser estimulante. Poderá isso acontecer? Depois de todos os episódios à volta da avaliação que ocorreram nestes últimos 4 anos, se tudo ficar como estava antes, poderá dizer-se que é um verdadeiro escândalo nacional.
" Depois de todos os episódios à volta da avaliação que ocorreram nestes últimos 4 anos, se tudo ficar como estava antes, poderá dizer-se que é um verdadeiro escândalo nacional."
Concordo, mas receio que é isso mesmo que se vai observar: os professores não querem avaliação a menos que não haja densidades. Se todos puderem ser classificados como bons ou excepcionais, qualquer sistema lhes serve. Se não, não.
Tenho-o escrito muitas vezes neste meu caderno de apontamentos.
Os professores não querem hierarquias nem distinções.
A naturalidade com que recusam o exame de admissão para a carreira ou a restrição ao acesso a determinados níveis só se pode explicar pela falta de exigência que caracteriza a sociedade portuguesa. Que, apesar dessa ausência de exigência,impõe ainda assim, exames de admissão e progressão, e hierarquias, aos médicos, aos magistrados, aos professores universitários, a todos os profissionais em geral.
Por quê?
Ora porque não querem que haja qualquer pequeno abalo que possa abrir fissuras nos seus interesses corporativos tão bem (porque tão rentavelmente) representados pelos seus sindicatos.
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