até 27 de Outubro
Organizada por uma empresa privada, a exposição diz-se "não autorizada" decalcando a via de promoção de um artista sobretudo reconhecido pelo anonimato. O marketing tem vias incontáveis.
Repugnam-me os grafitti que emporcalham as barreiras ao som das autoestradas, que vandalizam monumentos, comboios, túneis e pontes, prédios públicos e privados, que conspurcam a imagem das cidades. Não têm valor estético nem sentido ético na esmagadora maioria dos casos.
Deveriam ser obrigados a limpar a porcaria que fizeram.
Mas não todos.
Há obras de arte dignas desse nome na arte urbana.
Quem define o que é arte e, neste caso, arte urbana?
É complicado. Mas não parece difícil consensualizar os locais onde os artistas de rua não devem exprimir-se, onde a proibição deve ser total para que não funcione a teoria das janelas quebradas: uma vez lançada uma borrada nas escadas e corredores de acesso ao metropolitano, por exemplo, depressa o espaço se torna repugnante. Quem limpa? A Câmara. Quem paga? Nós.
Dito isto, diga-se que há arte urbana que merece aplauso, e a exposição de réplicas, vídeos ou serigrafias de Banksy merece ser vista.
THE WALLED OFF HOTEL
O hotel com a pior vista do mundo
(ampliar para ler)
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