Quanto pior, melhor, para uma organização que negoceia com crédito mal parado.
A Arrow Global contratou a srª. Maria Luís Albuquerque como directora não executiva porque eles sabem que ela teve acesso a muita informação que lhes interessa saber. Da srª. ex-ministra não pretendem que ela execute seja o que for, mas simplesmente lhes diga o que sabe.
Ouvido sobre o assunto, o sr. Passos Coelho, que ontem foi reeleito, sem concorrência, com 95% de votos em eleições directas no seu partido, achou muito bem que, ( tal como o espião, de licença sem vencimento, se passa para a actividade privada, ou o procurador que, também de licença sem vencimento, sai para casa do arguido) que a criatura se faça à vida e não queira contar com a dependência do Estado.
Acontece que, neste caso, a srª. ex-ministra passa-se para fora mas fica com um pé dentro.
Não é caso único, pois não, sr. presidente do maior partido, mas é, não só mas também, por estas e por outras com que o sr. presidente do maior partido convive bem, que este país é um mercado em crescimento para a Arrow Global e a srª. ex-ministra um não executivo feito à medida dos seus interesses.
1 comment:
Excelente. Mas também não queremos ter governantes mais éticos. Nas eleições não os elejamos e quando os elegemos não lhes pagamos bem.
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