Saturday, September 18, 2010

PEDITÓRIO

in J Negócios: António de Sousa diz que banca portuguesa vive pior momento da crise.

Presidente da Associação Portuguesa de bancos diz que a banca portuguesa nunca viveu uma situação tão grave como a actual e que se a situação continuar como está "vai ser muito difícil os bancos portugueses financiarem-se no exterior".

“A continuar assim, mesmo que os mercados internacionais melhorem, vai ser muito difícil os bancos portugueses financiarem-se no exterior. Ou seja, a banca está numa situação em que tem, rapidamente, de aumentar a sua rentabilidade, sob pena de não ter investidores”, afirmou António de Sousa, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, em entrevista à Antena 1.

“A rentabilidade da maior parte dos bancos portugueses no mercado nacional já é negativa. É uma situação complexa e que não se poderá prolongar no tempo”, acrescentou.
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“Penso que isto é suportável durante um ano, dois anos. Daí que, temo-lo dito publicamente, o essencial para a banca neste momento é que melhore a credibilidade do país”, adiantou, Questionado sobre se a banca portuguesa está com a corda na garganta, o presidente da APB afirmou que “eu não usaria essa expressão nunca, obviamente, mas diria que a situação dos bancos é realmente complicada como nunca foi anteriormente.

Nem mesmo no pico da crise, porque aí não havia um problema específico de Portugal, era um problema genérico. Neste momento é muito um problema apenas de Portugal”.
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“Eu diria que, com a situação actual, irá ser obrigatório que, ou há uma diminuição substancial do crédito ou há vendas de activos substanciais dos bancos – e não estamos a ver muito bem como – ou há uma mudança de credibilidade do país no estrangeiro”, acrescentou.

Alertou que “se os investidores não voltarem a Portugal, a situação tornar-se-á bastante complexa, porque, pura e simplesmente, os bancos não terão dinheiro para emprestar nessa situação.”

Questionado sobre a possibilidade de o FMI ter que intervir em Portugal, tal como aconteceu na Grécia, António de Sousa afirmou que “eu gostaria muito que isso nunca viesse a acontecer, porque, nesse caso, o processo de reajustamento é geralmente muito mais penoso”.

“Muitos colegas economistas acham que já é inevitável. Eu penso que não é inevitável. Penso é que seria de evitar.”

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