Sunday, September 10, 2023

UMA NO CRAVO OUTRA NO DESAGRAVO


Juntos pelos capitães de Abril, Costa deu a Marcelo um cravo e recebeu um desagravo.

"Mas já é possível fazer uma história imparcial, se tal existe, do 25 de Abril?" - aqui

É muito interessante ver como tem evoluído a historiografia sobre o 25 de Abril e tentámos plasmar isso na coleção de livros que estamos a publicar. É muito curioso que os primeiros a olhar com enorme interesse e a perceber a especificidade do caso português foram estrangeiros. Depois temos um segundo tempo, dos historiadores participantes que foi quando se fundaram as três correntes interpretativas que ainda hoje são as fundamentais. A primeira, inaugurada por José Medeiros Ferreira, que coloca o grande protagonismo nos militares, dizendo que o pensamento estratégico da revolução foi do MFA. Temos uma segunda, inaugurada por António Reis, tal como Medeiros Ferreira ativo militante do PS e deputado à Constituinte, que coloca o cerne da questão nas primeiras eleições para a Constituinte e nos partidos políticos como quem decide o rumo da revolução e a instituição da democracia. Temos uma terceira corrente, inaugurada por autores estrangeiros e que agora é a de maior sucesso, que diz que foi o povo nas ruas, nas fábricas e nos campos que fez a revolução".

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Ou ainda não? Não chega?

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